Rússia diz que "defenderá seus interesses" após sanções contra PDVSA
Moscou, 29 jan (EFE).- O governo da Rússia anunciou nesta terça-feira que "defenderá seus interesses" após a imposição de sanções por parte dos Estados Unidos contra a companhia estatal petrolífera da Venezuela, a PDVSA, cujas consequências "estão sendo analisadas" por Moscou.
"Trata-se de uma questão comercial. Certamente que estamos analisando todas as consequências possíveis dessas medidas restritivas", disse à imprensa o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.
O porta-voz acrescentou que Moscou coincide com Caracas em qualificar como "ilegais" as sanções contra a PDVSA e "defenderá seus interesses" através de todas as ferramentas do direito internacional que estiverem a seu alcance.
"Vamos defender (nossos interesses) dentro do direito internacional, empregando todos os mecanismos a nosso alcance", ressaltou Peskov, que reiterou a posição de Moscou, segundo a qual as sanções dos EUA são, na maioria dos casos, "uma demonstração de concorrência desleal".
O Departamento de Tesouro dos EUA anunciou na segunda-feira que a PDVSA, que administra a principal fonte de receitas da Venezuela, terá bloqueados todos os seus ativos sob jurisdição americana, com a ideia de repassá-los eventualmente a um novo governo venezuelano uma vez que Nicolás Maduro deixar o poder.
As sanções afetam US$ 7 bilhões em ativos da PDVSA, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, que previu que as medidas provocarão outros US$ 11 bilhões em perdas para a petrolífera ao longo do próximo ano.
Segundo a imprensa local, a Rússia investiu cerca de US$ 20 bilhões em seu principal parceiro na América Latina, o que inclui projetos no setor de energia e crédito. EFE
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