Trump descarta reunião com Xi antes de data limite para diálogo com China
Washington, 7 fev (EFE).- O presidente americano, Donald Trump, descartou nesta quinta-feira uma possível reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping, antes do próximo dia 1º de março, teórica data limite das negociações entre Estados Unidos e China sobre comércio.
"Não", respondeu Trump ao ser perguntado por jornalistas na Casa Branca se planejava se encontrar com Xi antes do fim do prazo.
No entanto, Trump deixou a porta aberta para encontrar-se com Xi nas semanas posteriores a essa data, anunciada em 1º de dezembro durante a cúpula do G20 em Buenos Aires.
No seu discurso do Estado da União desta terça-feira, Trump disse que está trabalhando com Xi por um novo acordo comercial que "deve incluir uma mudança real e estrutural para pôr fim às práticas comerciais desleais, reduzir o déficit comercial crônico e proteger os empregos".
Além disso, Trump se gabou de estar recebendo "bilhões de dólares ao mês de um país, a China", graças à imposição de tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses, depois que este Estado nunca tenha lhes dado antes "um centavo".
Por sua vez, o assessor econômico de Trump, Larry Kudlow, declarou hoje que neste momento existe uma distância "bastante considerável" entre ambos países para conseguir um pacto comercial.
"O presidente indicou que é otimista a respeito de um possível acordo comercial, mas temos uma distância bastante considerável para chegar aí", comentou Kudlow à emissora de televisão "Fox Business".
Em dezembro, Trump aceitou suspender durante 90 dias, até 1º de março, o seu plano de subir para 25% as tarifas americanas sobre centenas de produtos chineses.
A dúvida agora reside em se este prazo será ampliado e se as tarifas serão mantidas na taxa atual de 10%.
De acordo com a emissora "CNBC", que citou funcionários do gabinete de Trump, o governo americano não aumentará os encargos a Pequim a partir de 1º de março, apesar de não ter sido fechado um acordo para terminar com a guerra comercial.
No total, Washington impôs tarifas a produtos chineses no valor de US$ 250 bilhões desde julho, e Trump tinha ameaçado sancionar bens no valor de US$ 267 bilhões, o que superaria amplamente o volume de importações da China aos EUA, que em 2017 se situou em US$ 506 bilhões.
Como represália, a China aplicou medidas recíprocas a mais de US$ 60 bilhões em importações americanas, quase a metade dos US$ 130 bilhões que comprou em 2017. EFE
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