Transporte e setor público são bastante afetados por greve geral na Bélgica
Bruxelas, 13 fev (EFE).- A greve geral convocada nesta quarta-feira na Bélgica pelos principais sindicatos do país está tendo grande impacto sobre as empresas do setor público e o transporte, tanto metrô como ônibus, trens e, especialmente, aviões, depois que a paralisação provocou o fechamento do espaço aéreo do país.
A circulação do metrô em Bruxelas está sendo muito afetada pela greve, com apenas uma das quatro linhas operando parcialmente, enquanto no serviço de trens somente uma de cada duas composições circulará hoje, segundo um porta-voz da rede nacional de ferrovias, SNCB.
A empresa encarregada do controle do tráfego aéreo, Skeyes, informou ontem que o espaço aéreo da Bélgica permaneceria fechado durante 24 horas a partir das 22h locais de 12 de fevereiro (19h em Brasília), já que a companhia não poderia garantir que certos postos-chave não seriam afetados pela paralisação.
No total, o fechamento do espaço aéreo afetará mais de 400 voos e 50 mil passageiros, segundo a associação de companhias aéreas Airlines for Europe.
Apesar das dificuldades no transporte público, não houve grandes retenções nas estradas durante a manhã e o trânsito fluía com relativa normalidade.
Algumas grandes empresas privadas, como Coca Cola e Agfa, também se viram afetadas pela presença de piquetes, que impediam o acesso de seus funcionários, enquanto no setor público a adesão à paralisação foi maior, salvo nas escolas, onde o impacto é moderado.
A mobilização responde ao fracasso nas negociações sobre um acordo interprofissional para o biênio 2019 e 2020, que foi atribuído às empresas privadas pelos sindicatos, e o setor público se uniu à greve por solidariedade.
Em particular, os grevistas se queixam da pouca margem que as associações patronais oferecem quanto aos salários, com uma indexação máxima de 0,8%, que os sindicatos consideram insuficiente.
"É preciso retomar as negociações, não há outra alternativa", disse hoje o primeiro-ministro belga, Charles Michel, através de uma mensagem no Twitter, na qual acrescentou que "a greve não resolve nada" e agradeceu às "pessoas que estão trabalhando hoje".
Segundo o primeiro-ministro belga, o governo espera que as partes cheguem a um acordo sobre a margem salarial.
"É importante para as nossas famílias e empresas. Na última vez, os sindicatos e as associações patronais chegaram a um acordo. Não há nenhuma razão para que o mesmo não ocorra agora", acrescentou Michel.
O ministro federal de Economia, Kris Peeters, estimou hoje que a greve provocará perdas avaliadas em aproximadamente 929 milhões de euros. EFE
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