Indonésia recorre à maquinaria pesada no resgate de 30 mineiros sepultados
Jacarta, 1 mar (EFE).- As equipes de resgate da Indonésia começaram a utilizar nesta sexta-feira maquinaria pesada para desenterrar 30 mineiros sepultados após um deslizamento, em 26 de fevereiro, de um jazida ilegal de ouro na ilha de Célebes, após a recuperação de oito corpos.
Outras 20 pessoas foram resgatadas com vida da mina após o colapso por causa de um deslizamento de terra durante a noite das estruturas de madeira que sustentavam os túneis, indicou o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho.
O número exato de pessoas que ficaram enterradas, que a princípio foi estimado em 60, não pôde ser confirmado por causa de informações contraditórias dos residentes da zona, segundo a "BNPB".
O uso de escavadeiras e máquinas de carga para abrir o caminho para os mineiros foi estipulado com as famílias dos afetados à medida que diminuíam as probabilidades de encontrar sobreviventes no montanhoso município de Bolaang Mongondow, no norte de Célebes.
"Estamos sem ouvir vozes desde as 18h de ontem, mas temos a esperança que seja pelo cansaço", disse à Agência Efe o chefe de emergências à "BNPB" em Bolaang Mongondow, Abdul Muin Paputungan.
Naa quinta-feira, um dos mineiros morreu ao perder uma quantidade excessiva de sangue quando as forças de segurança e membros da BNPB decidiram amputar uma perna para poder evacuá-lo.
"Temíamos que se tirássemos a rocha, a galeria desmoronaria ainda mais porque a rocha sustentava o teto do túnel", disse Sutopo em comunicado.
Outra preocupação das equipes que trabalham na zona é a aparição de doenças por causa da grande quantidade de corpos que ficaram presos, segundo o porta-voz.
Em junho, seis mineiros perderam a vida na mesma zona ao serem sepultados por um deslizamento enquanto trabalhavam debaixo da chuva em outra mina ilegal de ouro.
A mineração ilegal é um fenômeno comum na Indonésia devido à permissividade das autoridades e aos acidentes ocorrem de forma frequente pela falta de medidas de seguridade.EFE
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