"Sou inocente e estou decidido a me defender", diz Carlos Ghosn
Paris, 5 mar (EFE).- O ex-presidente da aliança Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, disse nesta terça-feira que é inocente e se mostrou "decidido" de que irá se defender "com vigor", depois que a Justiça do Japão decretou sua libertação mediante pagamento de fiança, após passar mais de três meses preso em Tóquio acusado de corrupção.
"Sou inocente e estou decidido a me defender com vigor em um processo imparcial destas acusações sem nenhum fundamento", afirmou o alto executivo em um comunicado difundido em Paris.
O advogado de Ghosn na França, Jean-Yves Le Borgne, espera que amanhã seu cliente seja libertado após o pagamento de uma fiança de 1 bilhão de ienes (US$ 8,9 milhões) e sob rígido controle para evitar sua fuga do Japão.
Em entrevista à emissora de televisão "BFMTV", o advogado, no entanto, não descartou "uma manobra" da promotoria para evitar a libertação de seu cliente que consistiria em acrescentar uma nova acusação contra ele, algo que já foi feito no passado.
Embora considere que tal medida é "juridicamente possível" no Japão, Le Borgne afirmou que seria "uma crueldade" contra Ghosn e que no exterior isso seria percebido como um excesso de poder da promotoria, que seria o órgão que efetivamente decide sobre a liberdade dos acusados ao invés do tribunal.
Le Borgne reiterou que o executivo brasileiro permanecerá no Japão para apresentar sua defesa e afirmou que seus advogados no país asiático deram garantias de que ele não escapará da Justiça.
Em seu comunicado, Ghosn agradeceu o apoio de família e amigos "durante todo esse pesadelo terrível".
O executivo também manifestou seu reconhecimento às associações e ativistas dos direitos humanos do Japão e do mundo inteiro "que lutam pelo respeito à presunção de inocência e pelas garantias de um processo imparcial".
Ghosn foi detido em 19 de novembro assim que chegou a Tóquio, acusado de corrupção em sua gestão da Nissan. Em seguida, o executivo foi removido, paulatinamente, da presidência dos três grupos automobilísticos que formam a Aliança - Nissan, Mitsubishi e Renault - além da do próprio conglomerado. EFE
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