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Guaidó convoca manifestação para 3ª feira por apagão na Venezuela

11/03/2019 17h04

Caracas, 11 mar (EFE).- O presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país em janeiro, convocou nesta segunda-feira uma manifestação para amanhã em todo o país em rejeição ao blecaute que afetou quase todo o território venezuelano.

"Portanto, amanhã às 15h (16h em Brasília), convoco todos os venezuelanos a comparecerem em todas as ruas e avenidas (...) para expressar sua rejeição", disse hoje Guaidó durante um debate no parlamento sobre o apagão que mantém várias regiões sem energia e outras com luz de forma parcial.

O líder opositor pediu aos venezuelanos que se unissem para exigir respeito a seus direitos, pois o parlamento responsabiliza o governante Nicolás Maduro pelo blecaute que mantém pelo menos cinco estados do país sem energia até o momento, de acordo com um mapa difundido por Guaidó no Twitter.

Segundo o político opositor, a falha elétrica foi causada pela má gestão das autoridades de energia e pela falta de investimentos no sistema.

Mas o governo de Maduro garante que o blecaute foi provocado por uma "sabotagem" na principal hidrelétrica do país, a de Guri, mas não se aprofundou em detalhes.

O governo chavista garante que o serviço está se recuperando "lentamente" e pediu colaboração para estabilizar o sistema.

Por causa do apagão, as jornadas de trabalho e as aulas da sexta-feira passada e desta segunda foram suspensas, pois as comunicações, o transporte e o fornecimento de água foram severamente afetados.

Além disso, os alimentos que muitas famílias venezuelanas mantinham refrigerados estragaram e a ONG Médicos Pela Saúde informou que pelo menos 21 pessoas morreram por consequência do blecaute.

A Venezuela, o país com as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, vive uma grave crise econômica que ocasionou, entre outros elementos, falhas nos serviços públicos, entre eles o de fornecimento de eletricidade.

O país vive com problemas no fornecimento de energia elétrica há anos em diversas regiões do país, mas o ocorrido na quinta-feira foi o maior em escala nacional e duração. EFE