IPCA
0,46 Jul.2024
Topo

Proposto pelos EUA, David Malpass é o único candidato à presidência do BM

14/03/2019 16h00

Washington, 14 mar (EFE).- David Malpass, proposto pelos Estados Unidos, é o único candidato a presidir o Banco Mundial (BM) e, por isso, é quase certo que assumirá o cargo em abril, informou nesta quinta-feira a instituição financeira internacional.

O prazo de recepção de candidaturas terminou nesta manhã sem que que fossem apresentadas outras opções para substituir o também americano Jim Yong Kim, que anunciou sua saída da instituição em janeiro.

"De acordo com os procedimentos previamente anunciados, o Diretório Executivo fará uma entrevista formal com o candidato em Washington nos próximos dias. O Diretório Executivo espera concluir o processo antes da Assembleia de Primavera", indicou em comunicado de imprensa o BM, sobre a reunião que acontecerá no início de abril.

Malpass, de 62 anos, é atualmente subsecretário para Assuntos Internacionais do Tesouro dos EUA.

Feroz crítico das instituições internacionais como o BM e o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com ampla experiência na política em Washington e finanças em Wall Street, suavizou o discurso nas últimas semanas após ser proposto para o cargo pelo presidente americano, Donald Trump.

Quando atuava no Tesouro, Malpass deu certos sinais de comprometimento, já que foi um dos responsáveis para que os EUA aprovassem uma ampliação de capital de US$ 13 bilhões para o BM, algo ao qual tinha o líder americano tinha se oposto a princípio.

Embora Washington conte com a maior parcela de voto no BM, a candidatura de Malpass pode ser rejeitada se for bloqueada pelos outros Estados, algo improvável dado o histórico pacto entre o país e a Europa para repartir a chefia desta organização e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Instaurado em 1944, junto com sua instituição irmã, o FMI, no marco dos acordos de Bretton Woods, a tradição estabelece que Estados Unidos nomeiam o presidente do BM enquanto a Europa escolhe o do Fundo.

O FMI é atualmente dirigido pela francesa Christine Lagarde. EFE