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Negociadores do acordo entre Mercosul e UE voltarão a se reunir em maio

16/03/2019 11h18

Buenos Aires, 16 mar (EFE).- Os negociadores do acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) decidiram voltar a se reunir em maio, após outra rodada de conversas finalizada na última sexta-feira em Buenos Aires.

Segundo informaram sábado fontes oficiais neste sábado, as discussões que aconteceram nesta semana na capital argentina foram "construtivas" e permitiram "progressos em nível dos chefes negociadores e dos grupos que foram convocados".

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Argentina, isto "demonstra o compromisso das partes em chegar a um acordo", que está sob negociação há quase 20 anos.

A rodada de negociação em Buenos Aires incluiu encontros com representantes do setor privado e da sociedade civil de ambos os lados e com parlamentares da Argentina, país que neste semestre preside o bloco sul-americano, também integrado por Brasil, Uruguai e Paraguai.

"As partes voltarão a se reunir no transcurso do mês de maio para buscar consenso nos temas que ficaram pendentes", disse o governo argentino em um breve comunicado.

A intenção de buscar um tratado de livre-comércio foi manifestada em um acordo de cooperação assinado em 1995 e que entrou em vigor em 1999, mas formalmente as negociações técnicas se iniciaram em Buenos Aires em abril de 2000. Desde então, foram mais de 30 rodadas de negociação, um processo complexo, inclusive com impasses por longos anos.

Na terça-feira passada, o chanceler argentino, Jorge Faurie, afirmou que as conversas avançam "positivamente", mas ressaltou que ambas as partes vão "ter de ceder um pouquinho para permitir o acordo".

Em entrevista à imprensa, Faurie disse que para que o diálogo continue no bom caminho são "necessários esforços de todas as partes".

A Comissão Europeia comunicou em janeiro que está comprometida com a construção de um pacto "ambicioso, amplo e equilibrado" e "não poupará esforços", mas alertou que a negociação será concluída "quando forem dadas as condições" para isso. EFE