Peso dos produtos falsificados cresce no comércio internacional
Paris, 18 mar (EFE).- O peso dos produtos falsificados e pirateados no comércio internacional, estimado em 2,5% do total em 2013, aumentou até os 3,3% em 2016, quando atingiu um valor de US$ 509 bilhões, com a China como primeiro país de origem.
Esse aumento aconteceu em um período no qual as trocas comerciais sofreram uma desaceleração, destacaram em um relatório apresentado nesta segunda-feira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO).
Esses números se baseiam só nas apreensões realizadas pelos serviços alfandegários e não levam em conta os bens falsificados consumidos no país em que são produzidos e nem os produtos digitais pirateados distribuídos pela internet.
Por isso, os autores do estudo sublinharam que a magnitude do fenômeno e sua tendência crescente supõem "um risco potencial significativo para a propriedade intelectual em uma economia baseada no conhecimento aberto".
Mais de 50% dos produtos expropriados pelas alfândegas em 2016 procediam da China, embora três anos antes a porcentagem tenha sido superior a 60%.
Mas é preciso levar em conta que isso não inclui os que saíram de Hong Kong, que representavam pouco mais de 20% em 2013 e quase 30% três anos depois.
Ficam identificados como importantes locais de passagem desses bens falsificados ou pirateados Hong Kong, Singapura e os Emirados Árabes Unidos.
Em termos relativos, o que mais se falsifica são calçados (22% de valor do apreendido), seguidos pelas roupas (16%), produtos de couro (13%), materiais elétricos (12%), relógios (7%), equipamentos médicos (5%), brinquedos (3%), joias (2%) e remédios (2%).
A União Europeia é um dos principais destinos e representa 6,8% das importações em 2016, atingindo um valor de 121 bilhões de euros (US$ 134 bilhões). Em 2013, representava 5%.
De todos os bens expropriados pelas alfândegas, 24% afetavam marcas ou patentes americanas, 17% francesas, 15% italianas, 11% suíças e 9% alemãs. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.