Serviço secreto britânico estuda vetar rede da Huawei de locais sensíveis
Londres, 8 abr (EFE).- A agência de serviço secreto britânico, Government Communications Headquarters (GCHQ), estuda vetar a "defeituosa" rede móvel do gigante chinês Huawei de locais sensíveis do Reino Unido, como o Palácio de Westminster, informou nesta segunda-feira a "BBC".
A emissora citou o diretor técnico responsável pela cibersegurança nacional, Ian Levy, que afirmou que a companhia "não deu nenhuma confiança" de que irá cumprir o programa de transformação que pretende implementar.
Nos últimos meses, vários países ocidentais mostraram reservas em relação à expansão da Huawei e à sua sensível participação na criação das redes mundiais de telecomunicações 5G.
No mês passado, a Huawei processou o governo dos Estados Unidos depois que o mesmo proibiu que as agências governamentais do país utilizassem seus equipamentos por, supostamente, espionar cidadãos através de seus smartphones.
Está previsto que em maio o Executivo britânico revele se irá restringir o acesso da marca asiática à rede 5G e inclusive proibi-lo, pelo menos em locais relevantes, como o Parlamento.
Em março, o GCHQ realizou uma inspeção de segurança da Huawei e concluiu que "é difícil gerenciar o risco" de seus futuros produtos até que os defeitos de cibersegurança sejam solucionados.
"A segurança da Huawei é como nenhuma outra; a engenharia é como a do ano 2000, é muito, muito deficiente", disse hoje Levy.
Por sua vez, a Mobile UK, grupo que representa a Vodafone, BT e Three, alertou que prevenir a participação da Huawei na implantação das redes 5G pode custar à economia britânica 6,8 bilhões de libras (7,8 bilhões de euros) e atrasar o lançamento da tecnologia em até dois anos. EFE
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