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Sindicato adia greve por conflito com Petrobras após pedido de Vázquez

24/05/2019 19h02

Montevidéu, 24 mai (EFE).- O Sindicato do Gás do Uruguai decidiu nesta sexta-feira em assembleia adiar a greve geral prevista para 27 de maio pelo conflito com a Petrobras após a reunião com o presidente do país, Tabaré Vázquez, segundo afirmou à Agência Efe o integrante do coletivo Alejandro Acosta.

O sindicalista declarou que, embora ainda não tenham definido quando vão realizar a greve, o coletivo resolveu adiá-la por alguns dias por conta da reunião desta quinta-feira com Vázquez e vários ministros do país, já que querem esperar o resultado da negociação entre a Petrobras e o governo.

"Foi avaliado que na reunião de ontem com o presidente e parte da equipe ministerial houve um compromisso político e que é preciso favorecer o que possa fazer o Poder Executivo com a Petrobras para ver se há uma mudança na situação que implique em que não haja demissões", explicou Acosta.

Além disso, o sindicalista destacou que, embora a gestão iniciada pelo Poder Executivo seja positiva para a reivindicação contra as demissões e para que haja uma reestrutura laboral com a empresa, os trabalhadores não têm certeza de que a companhia brasileira esteja disposta a chegar a esse acordo.

"Queremos dar-lhe o melhor espaço para fazê-lo e por isso resolvemos não começar com a greve geral na segunda-feira", completou.

A Petrobras é a controladora da Distribuidora de Gás de Montevidéu (DGM), da qual tem 100% da capital, e da igualmente distribuidora de gás Conecta, da qual tem 55%.

A companhia petrolífera estatal brasileira anunciou em 26 de abril a venda de novos ativos, que incluem oito refinarias no Brasil e a rede de postos de gasolina PUDSA no Uruguai.

O conflito dos trabalhadores com a empresa data de 2016 após várias demissões e incluiu greves de fome e ocupações de distintas sedes da companhia.

No último dia 30 de abril, três trabalhadores da Petrobras começaram uma greve de fome para pressionar o governo do Uruguai a começar a negociar a saída da empresa do país. Um deles precisou deixar o protesto por problemas de saúde. EFE