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Facebook afirma que não lançará criptomoeda até ter aprovação necessária

16/07/2019 11h06

Washington, 16 jul (EFE).- O Facebook informou nesta terça-feira que não lançará sua criptomoeda, a libra, até que sejam esclarecidas todas "as preocupações reguladoras" e que consiga obter todas as "aprovações apropriadas", algo para o que reconheceu que será preciso percorrer um "longo caminho".

"O Facebook não oferecerá a criptomoeda libra até que tenhamos encarado integralmente as preocupações de regulação e recebido as aprovações apropriadas", disse David Marcus, diretor-executivo da subsidiária Calibra e encarregado da integração nos serviços da empresa, em seu discurso preparado para seu comparecimento hoje no comitê financeiro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Marcus ressaltou que "a regulação para ativos digitais está começando a emergir nacional e internacionalmente", razão pela qual expressou o compromisso do Facebook "de cumprir com todos os requisitos legais e de regulação aplicável".

"O caminho para chegar lá será longo e reconhecemos que o nosso acaba de começar", acrescentou.

O potencial gigantesco desta criptomoeda, por contar de entrada com a base da rede social (2,3 bilhões de usuários no mundo), gerou inquietação entre os reguladores tanto em nível nacional como internacional.

Marcus comparece ao Congresso um dia depois de o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, expressar "séria preocupação" com a criação da libra, ao advertir sobre seu possível caráter "especulativo" e seu potencial "uso para lavagem de dinheiro".

O Facebook e as outras 27 organizações que fazem parte da Associação Libra (entre elas Visa, Mastercard, Uber, Lyft, PayPal, eBay, Vodafone e Spotify) anunciaram em junho de forma oficial a criação da criptomoeda para 2020, que estará integrada no WhatsApp e no Messenger.

A libra não dependerá diretamente da empresa de Mark Zuckerberg, mas será gerenciada pela associação, cuja sede será em Genebra, na Suíça, e seu valor será respaldado por uma cesta de ativos subjacentes compostas por depósitos bancários e dívida soberana de vários países. EFE