China deve pedir menos empréstimos e ampliar contribuição, diz Banco Mundial
(Corrige números no quinto e sexto parágrafos).
Washington, 17 set (EFE).- O presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirmou nesta terça-feira que a relação da instituição com a China evoluiu, por isso o país deve pedir menos empréstimos e ampliar suas contribuições em relação ao futuro.
"A China tem que pedir menos emprestado e dar mais contribuições. A relação com o Banco Mundial evoluiu", afirmou Malpass em um evento organizado pelo Peterson Institute, em Washington.
Malpass ressaltou que a China obteve um grande progresso econômico nas últimas décadas e por isso não pode manter o mesmo tipo de vinculação com o Banco Mundial.
Por isso, segundo Malpass, no último plano estratégico elaborado com o país, a instituição enfatizou o desenvolvimento de serviços e medidas para encarar desequilíbrios ambientais e sociais, o estabelecimento de metas para reduzir a poluição, ampliar a eficiência enérgica e melhorar o acesso da população à educação e à saúde.
A China foi em 2017 o país que mais recebeu empréstimos do Banco Mundial, seguida de Índia e Indonésia. Naquele ano, os repasses aos chineses foram de US$ 2,42 bilhões.
O montante caiu desde então, para US$ 1,78 bilhões em 2018 e US$ 1,33 bilhão em 2019, valor que deixa a China na sexta posição no ranking.
Antes de assumir o cargo, Malpass era um forte crítico do multilateralismo e chegou a afirmar que o Banco Mundial tinha ido longe demais, especialmente no crédito cedido à China, que, para ele, deixou de ser um país em desenvolvimento.
No entanto, antes de ser indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para assumir o cargo, Malpass diminuiu o tom de suas críticas. Durante o período que ocupou o posto de subsecretário do Tesouro dos EUA, ele inclusive foi responsável pela aprovação de um incremento de US$ 13 bilhões no capital da instituição. EFE
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