Fed vê menores riscos para economia e não sinaliza redução dos juros nos EUA
Washington, 20 nov (EFE).- A maioria dos membros do Federal Reserve (Fed) - o banco central dos Estados Unidos - acredita que os três cortes nas taxas de juros feitos neste ano são suficientes e que as incertezas econômicas globais diminuíram nas últimas semanas.
"A incerteza associada às tensões comerciais, assim como os riscos geopolíticos diminuíram um pouco, mas permanecem altos", disseram os governadores regionais do Fed na ata da reunião que tiveram no final de outubro e que foi divulgada nesta quarta-feira.
O documento ressalta a "resiliência" da economia americana e que "as perspectivas globais são consideradas positivas".
Após três cortes consecutivos, as taxas de juro de referência nos EUA são de 1,5% a 1,75%, e a maioria dos membros do banco central considera que não são necessários novos ajustes.
O presidente do país, Donald Trump, deu uma trégua na segunda-feira a vários meses de críticas ao chefe do Fed, Jerome Powell, ao afirmar que os dois tiveram uma reunião "cordial" na Casa Branca.
Os insultos a Powell, a quem Trump chamou, entre outros adjetivos, de "inimigo" dos Estados Unidos e o acusou de "não ter ideia" da política monetária, geraram desconforto nos mercados financeiros, já que a independência dos bancos centrais é considerada um dos elementos-chave da ortodoxia econômica.
Por sua vez, Powell disse que ele e os outros membros do Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc) "adotarão uma política monetária que apoie o emprego máximo e preços estáveis" e "tomarão essas decisões baseando-se unicamente em uma análise cuidadosa, objetiva e não política".
A próxima reunião do banco central americano está marcada para os dias 10 e 11 de dezembro. EFE
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