WeWork demitirá 2,4 mil funcionários em todo o mundo
Nova York, 21 nov (EFE).- A empresa americana de escritórios compartilhados WeWork vai demitir 2,4 mil funcionários em todo o mundo, uma medida que começou a ser aplicada há algumas semanas e com a qual tentará aliviar seus problemas financeiros, marcados por uma controversa gestão de negócios e uma fracassada IPO.
"Como parte de nossa renovada ênfase na atividade principal da WeWork, e como compartilhamos anteriormente com os funcionários, a empresa está fazendo as demissões necessárias para criar uma organização mais eficiente", disse um porta-voz da companhia à Agência Efe.
"O processo começou há semanas em regiões de todo o mundo e continuou nesta semana nos Estados Unidos. A redução do número de postos de trabalho afetará aproximadamente 2.400 funcionários globalmente, e eles receberão indenização, benefícios e outras formas de assistência para ajudá-los na transição em suas carreiras", acrescentou.
Após semanas de especulação sobre as demissões, no último domingo o jornal "The New York Times" informou, citando fontes ligadas à empresa, que a WeWork planejava cortar "pelo menos" 4 mil postos, dos quais pelo menos 2 mil seriam do "negócio principal", 1 mil da área de manutenção e 1 mil de outras áreas.
A WeWork sofreu uma grave crise financeira nos últimos meses, passando de um valor de cerca de US$ 47 bilhões para aproximadamente US$ 20 bilhões em setembro, quando desistiu de uma IPO (estreia na bolsa de valores).
De acordo com documentos que a empresa entregou ao regulador da Bolsa de Valores de Nova York, em 2018 ela teve um prejuízo líquido de US$ 1,9 bilhão, e só no primeiro semestre deste ano a perda foi de US$ 900 milhões.
No final de setembro, o cofundador Adam Neumann deixou o posto de CEO em meio a críticas dos investidores sobre a avaliação da companhia e sua liderança e imagem pública. Ao deixar a WeWork, ele embolsou US$ 1,7 bilhão.
A empresa parecia prestes a ficar sem dinheiro quando o grupo japonês Softbank anunciou no mês passado um acordo pelo qual ofereceria um "financiamento significativo" de cerca de US$ 8 bilhões e se tornaria dono de cerca de 80% do capital.
A WeWork tinha recebido anteriormente cerca de US$ 10 bilhões em financiamento do Vision Fund, que tem entre seus principais financiadores o Softbank e fundos soberanos da Arábia Saudita.
Nesta semana, a empresa informou aos investidores que no terceiro trimestre de 2019 teve prejuízo de US$ 1,25 bilhão, um aumento de 150% em relação ao mesmo período do ano passado, embora suas receitas tenham praticamente dobrado para US$ 934 milhões. EFE
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