Brasil e Argentina estabelecem uma "linha direta" nas relações comerciais
Buenos Aires, 26 dez (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o chanceler da Argentina, Felipe Solá, tiveram nesta quinta-feira uma extensa conversa na qual concordaram em estabelecer uma linha direta para discutir políticas comuns de relações comerciais entre os dois países, informaram fontes oficiais.
"A relação entre Argentina e Brasil é entre dois países irmãos que historicamente mantêm frutíferas relações comerciais, culturais e políticas", disse o ministro argentino, em uma teleconferência com Araújo que durou cerca de 1h30.
Através de um comunicado, a chancelaria argentina disse que Araújo convidou Solá para uma visita a Brasília no mês de janeiro.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, mas a relação entre os dois países ficou estremecida após a vitória nas eleições do peronista Alberto Fernández, com quem o presidente Jair Bolsonaro, tem profundas diferenças ideológicas.
Após a confirmação da vitória de Fernández, Bolsonaro disse que a Argentina fez uma "má escolha". Além disso, não compareceu a posse, sendo representado pelo vice Hamilton Mourão.
Os ministros concordaram com a necessidade de dar importância à participação dos setores privados nas negociações comerciais entre os dois países e fortalecer o Mercosul.
Nesse sentido, Araújo afirmou que o Brasil estava disposto a aprovar o acordo de livre-comércio assinado em junho entre o Mercosul e a União Europeia, que ainda não entrou em vigor, já que deve ser ratificado nos parlamentos dos países-membros.
Por sua vez, Solá vinculou esse ponto ao impacto sobre a indústria argentina e à opinião de empresários e trabalhadores.
Da mesma forma, os dois ministros decidiram discutir as reduções da Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) setor por setor, em consulta com os possíveis afetados. EFE
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