Dilma diz que crise no Chile é prova do esgotamento neoliberalismo
Dilma participou em vídeo da abertura da primeira edição do Fórum Latino-Americano de Direitos Humanos, que será realizado de hoje até sábado em Santiago, capital do Chile.
"As conquistas do povo chileno serão um verdadeiro estímulo para os povos da América Latina e suas lutas democráticas contra o neoliberalismo e o neofascismo", afirmou Dilma.
O Chile vive a crise social mais importante desde o redemocratização do país em 1990, que ocorreu depois de 16 anos de ditadura de Augusto Pinochet. Os protesto foram duramente reprimidos e já deixaram 27 mortos e quase 3.700 feridos, segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH).
"Há milhares de prisioneiros e relatos de tortura e abusos sexuais. Denunciem e lutem contra as injustiças", pediu Dilma, que foi presa e torturada pela ditadura que governou o Brasil entre 1964 e 1985.
A ex-presidente também fez uma radiografia do tumultuado momento político da região e celebrou a vitória de Alberto Fernández na Argentina. Por outro lado, lamentou a situação na Bolívia e afirmou que Evo Morales foi "destituído do poder apesar de ter vencido as eleições".
"A população latino-americana está cansada e indignada com as práticas neoliberais. Isso provocou um monstruoso aumento da desigualdade", afirmou Dilma no vídeo exibido durante o evento.
Antes de Dilma, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón discursou e foi recebido com muitos aplausos pela plateia. Ele é conhecido no Chile por ser ter ordenado a prisão de Pinochet em 1998.
"A América Latina está vendo a utilização da justiça como arma política contra outras lideranças políticas e também como o povo, como pode acontecer aqui", afirmou Garzón. EFE
apb/lvl
(foto)(video)
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