Medo da Covid-19 deixa 1,7 mil pessoas presas em navio na África do Sul
O navio de cruzeiro de bandeira italiana, chamado MV AidAmira, havia partido de Walvis Bay, na Namíbia, e seu destino final era Cidade do Cabo, na África do Sul.
No último domingo, as autoridades sul-africanas negaram o desembarque por suspeita de que vários membros da tripulação poderiam ser portadores da Covid-19.
Essa precaução foi tomada depois que um membro da tripulação de outro navio - o cargueiro MV Corona, que também está sendo mantido na Cidade do Cabo - mostrou sinais da doença causada pelo vírus.
Essa possível pessoa afetada viajou de Istambul para a África do Sul no mesmo avião que seis passageiros e um membro da tripulação da MV AidAmira.
Após receber as informações, o capitão do navio de cruzeiro "colocou imediatamente em quarentena" os afetados para evitar a propagação da infecção, segundo a Transnet, empresa pública que administra os portos sul-africanos.
Os passageiros do MV AidAmira não apresentaram sintomas, mas a África do Sul os retirou do navio para testes de laboratório.
Os resultados dos testes são esperados para amanhã e, enquanto isso, o restante da tripulação e passageiros do navio de cruzeiro devem ser mantidos na embarcação por ordem do Ministério dos Transportes da África do Sul.
Até o momento, a África do Sul confirmou 116 casos da Covid-19 e é o país da África Subsaariana mais afetado pela pandemia.
Para tentar controlar a propagação da epidemia - que pode ter consequências desastrosas para a África do Sul e o resto do continente africano -, o presidente do país, Cyril Ramaphosa, anunciou no último domingo medidas drásticas como a suspensão das aulas, a proibição de entrada para estrangeiros de países de alto risco e o cancelamento de qualquer evento para mais de 100 pessoas.
A África continua sendo o continente menos afetado pelo coronavírus, mas a epidemia continua a avançar e já existem pelo menos 600 infecções e 16 mortes confirmadas em um total de 33 países.
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