IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

EUA limitam ainda mais acesso da Huawei à tecnologia americana

17/08/2020 17h24

Washington, 17 ago (EFE).- O governo dos Estados Unidos aumentou a pressão sobre a Huawei nesta segunda-feira, ao adotar uma série de medidas para limitar o acesso da empresa chinesa a microprocessadores produzidos por outras companhias, e incluiu 38 parceiras da multinacional de telecomunicações na lista de entidades que podem representar uma ameaça para a segurança nacional.

Funcionários do Departamento de Comércio explicaram, em entrevista coletiva, que as medidas anunciadas restringem de forma efetiva o acesso da Huawei a chips produzidos por outras empresas com software ou hardware americanos.

"Estas ações, que são efetivas de forma imediata, impedem que a Huawei tente burlar os controles de exportação dos EUA para obter componentes eletrônicos desenvolvidos ou produzidos utilizando tecnologia americana", detalhou o Departamento de Comércio.

Em maio deste ano, Washington limitou a aquisição por parte da Huawei de semicondutores que eram produzidos de forma direta com software e tecnologia dos EUA.

Mas as autoridades americanas afirmaram que a empresa chinesa trabalhou com terceiros para aproveitar a tecnologia do país e minar a segurança nacional.

O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse em comunicado que "a Huawei e seus parceiros estrangeiros aumentaram seus esforços para obter semicondutores avançados desenvolvidos ou produzidos com software e tecnologia dos EUA para cumprir os objetivos do Partido Comunista Chinês".

"Esta ação com múltiplas frentes demonstra nosso contínuo compromisso para dificultar a capacidade da Huawei" de danificar a segurança e interesses da política externa dos Estados Unidos, complementou Ross.

Já o secretário de Estado, Mike Pompeo, declarou que a Huawei "é um braço do estado de vigilância do Partido Comunista Chinês" e que as medidas protegem "a segurança nacional dos EUA, a privacidade dos cidadãos e a integridade da infraestrutura 5G da influência maléfica de Pequim".

"Não toleraremos as tentativas do Partido Comunista Chinês de afetar a privacidade dos cidadãos, a propriedade intelectual de nossos negócios e a integridade das redes da próxima geração em todo o mundo", acrescentou Pompeo.