França mantém reprovação a acordo UE-Mercosul por motivos ambientais
O gabinete do primeiro-ministro Jean Castex informou em comunicado que a UE deveria continuar as negociações com o Mercosul para garantir três pontos: acabar com o desmatamento, respeitar os acordos climáticos de Paris e fazer com que os produtos importados procedentes dos países do Mercosul cumpram as normas europeias de saúde e ambientais.
A posição do governo da França foi anunciada após a apresentação do relatório de um grupo de especialistas, encomendado há um ano, para rever os termos do pacto diante de incertezas do gabinete do premiê e do presidente, Emmanuel Macron, sobre o tema.
O relatório ressalta "o nível insuficiente de ambição" do projeto de acordo como uma ferramenta para levar os países do Mercosul a levar mais em conta a proteção da biodiversidade e o problema climático, diz o comunicado.
"Estes elementos apoiam a posição da França de se opor ao projeto de acordo de associação na sua forma atual", acrescentou o Palácio de Matignon.
Macron já havia declarado em agosto de 2019 que a França não poderia ratificar este acordo comercial, que foi fechado em junho de 2018, devido às posições e políticas dos países do bloco sul-americano sobre os Acordos de Paris.
Em particular, Macron e o governo francês têm sido especialmente críticos em relação às políticas do presidente brasileiro Jair Bolsonaro diante do desmatamento e dos incêndios na Amazônia.
"Estes atos são contrários tanto à letra quanto ao espírito do projeto do acordo de associação UE-Mercosul", enfatizou o gabinete do primeiro-ministro francês.
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