CEO da Natura entra para o Conselho do Pacto Global da ONU
O CEO da empresa de beleza Natura & CO, Roberto Marques, entrou ontem para o Conselho Diretor Pacto Global das Nações Unidas, e defendeu o multilateralismo para que haja um avanço na sociedade depois da pandemia do coronavírus.
Presidente do quarto maior grupo de beleza do mundo, Marques é o único latino-americano no conselho da iniciativa de sustentabilidade corporativa. Ele segue os passos do cofundador da Natura Guilherme Leal, que também fazia parte do grupo de líderes empresariais eleitos pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
O executivo está participando da Semana Climática, realizada em Nova York por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas, e disse em entrevista à Agência Efe que o evento adquiriu um papel muito mais relevante nas decisões sobre como fazer a sociedade avançar em um mundo pós crise sanitária.
Nesse sentido, a Natura & Co foi convidada a liderar duas das campanhas do Pacto Global para atingir as Metas de Desenvolvimento Sustentável da ONU sobre emergência climática e igualdade de gênero, que estão sendo desenvolvidas em nível nacional com a ajuda de redes locais e regionais.
"Não creio que haja um plano B para o mundo, porque no final das contas não podemos dirigir um negócio em um planeta morto. Há um plano A, e o plano A é combinar o desenvolvimento sustentável com o crescimento dos negócios e garantir que tenhamos zero emissões líquidas de carbono", afirmou por telefone.
Em junho, a Natura anunciou um plano de sustentabilidade com prazo até 2030 para tratar de questões como a proteção da Amazônia, a defesa dos direitos humanos e a inclusão de grupos sub-representados em seus negócios, bem como a circularidade e a regeneração de seus produtos.
Marques frisou na importância da aproximação da sociedade civil, das ONGs, da ciência e do setor privado e, quando questionado sobre o papel desempenhado pelas lideranças e especialmente pelo governo brasileiro, endossou apelos da ONU por esforços conjuntos.
"O convite é para que as pessoas sigam a abordagem multilateral. Uma abordagem unilateral de qualquer ator não será suficiente para desenvolver as respostas e soluções que o mundo precisa desesperadamente neste momento", opinou.
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