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FMI melhora previsão para PIB da América Latina em 2020: retração de 8,1%

13/10/2020 16h34

Washington, 13 out (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou suas perspectivas para a América Latina e o Caribe, passando a prever uma retração de 8,1% no Produto Interno Bruto (PIB) da região neste ano, devido ao impacto do coronavírus.

Apesar da projeção negativa, ela representa um ganho de 1,3 ponto percentual em relação às estimativas feitas em junho pela instituição.

Por outro lado, em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado nesta terça-feira, o FMI ressaltou que a América Latina e o Caribe serão a região mais atingida no mundo pelos efeitos econômicos da pandemia, já que muitos países serão "severamente afetados por enfrentarem recessões profundas".

Para 2021, a instituição revisou ligeiramente para pior as previsões feitas há quatro meses, passando a estimar um crescimento de 3,6% - antes, calculava uma elevação de 3,7%.

As duas maiores economias da região, Brasil e México, sofrerão retração de 5,8% e 9% neste ano, e em 2021 voltarão a crescer 2,8% e 3,5%, respectivamente, de acordo com os cálculos do FMI.

Em relação à Argentina, com a qual o FMI está negociando um novo programa de apoio financeiro, a instituição projeta um declínio de 11,8% na atividade econômica para este ano e uma recuperação em 2021, com crescimento de 4,9%.

A Argentina quer renegociar o empréstimo de US$ 44 bilhões concedido pelo FMI em 2018 após a crise financeira causada pela desvalorização do peso, que levou o país à recessão antes mesmo da crise do coronavírus.

Em agosto, o governo argentino pediu ao FMI que começasse a negociar um novo programa que incluiria um reescalonamento do pagamento da dívida adquirida com a instituição, uma negociação que começará em meados de novembro, após os contatos iniciais entre as partes na semana passada.

Entre aqueles que sofrerão menos economicamente com os efeitos da pandemia na América Latina estão Paraguai e Uruguai, com retrações projetadas para este ano de 4% e 4,5%, respectivamente. Por outro lado, Venezuela e Peru serão os mais afetados, com quedas de 25% e 13,9%.