Presidente argentino descarta desvalorizar peso: "máquina de gerar pobreza"
"Desvalorizar é muito fácil, mas desvalorizar é uma máquina para gerar pobreza", disse Fernandez em uma cerimônia de entrega de imóveis populares no município de Ezeiza, na província de Buenos Aires.
"Muitos querem que nos desviemos e nos fazer acreditar que temos que atender a outros problemas, que são os problemas de pequenas minorias que sempre tomaram conta da Argentina. E essas minorias querem que você responda a seus interesses e esqueça o que todos esses argentinos estão precisando", argumentou.
OBTER DÓLARES COM CRESCIMENTO.
O presidente argentino afirmou apostar em um país "que cresce, que se desenvolve, que dá empregos, que produz e exporta".
"É assim que queremos obter os dólares. Não colocando o dólar ao preço que algumas pessoas poderosas precisam. Essa não é a solução. Continuaremos trabalhando, e se eles quiserem lutar, nós lutaremos", declarou.
Esta não é a primeira vez que o presidente e seu ministro das finanças, Martín Guzmán, negam que o governo planeje desvalorizar a moeda.
"Não viemos ao governo para cruzar nossos braços ou para obedecê-los (a quem interessa a desvalorização), mas para obedecer àqueles que votaram em nós e para fazer uma Argentina que nos inclua a todos", disse Fernández.
O dólar oficial no país está cotado a 78,25 pesos, mas o informal 'dólar blue' era negociado a 187 pesos nesta segunda, depois de atingir o recorde de 195 na última sexta-feira.
CRÍTICAS AO GOVERNO MACRI.
Durante a cerimônia de entrega de imóveis populares de hoje, Fernández anunciou o reinício de obras habitacionais nas províncias de Formosa e La Rioja que estavam pardas.
"Se alguém quer saber o que está acontecendo com a Argentina que está desvalorizando, ouçam Gildo (Insfran, governador da província de Formosa e membro do Partido Justicialista) novamente sobre o que aconteceu quando eles (governo anterior, de Mauricio Macri) levaram o dólar de 9 para quase 15 (pesos). O que aconteceu com a Argentina? Eles paralisaram essas obras que, por causa do Plano de Reconstrução, estamos implementando em Formosa", alegou.
Insfrán havia declarado que, devido à desvalorização ocorrida no governo Macri (2015-2019), obras de cerca de 1.300 casas populares que já haviam sido licitadas tiveram que passar por um novo processo licitatório para que fossem construídas e entregues.
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