Premiê britânico diz que acordo pós-Brexit depende da União Europeia
"A probabilidade de um acordo é muito determinada por nossos amigos e parceiros na UE. O acordo é possível se eles quiserem", disse o chefe de governo.
O premiê admitiu que "há diferenças substanciais e importantes" que deverão ser superadas, para a assinatura de um pacto pós-Brexit, mas garantiu que ambas as partes continuam a trabalhar nisso.
Johnson voltou a dizer que um pacto bilateral no fim do período de transição, em 31 de dezembro, "beneficiaria dos dois lados", mas deixou claro que o Reino Unido pode "prosperar poderosamente" sem um tratado com o bloco comunitário.
O negociador-chefe britânico, David Frost, se manifestou através do Twitter que, para que um pacto comercial e um relacionamento futuro sejam possíveis, é preciso "respeitar a soberania do Reino Unido".
"Isto não é apenas uma palavra, tem consequências práticas", escreveu.
Segundo o negociador, isso incluiria controlar as fronteiras, decidir sobre o próprio sistema de controle de subsídios e controlar as águas de pesca.
Frost disse ainda que continuaria a trabalhar em prol do acordo, embora admita que não há possibilidade de elaborar uma alternativa, caso as conversas não sejam bem sucedidas.
"É tarde, mas um acordo ainda é possível, e continuarei a falar até que fique claro que não é mais possível", escreveu.
Mais cedo, o negociador-chefe da União Europeia, Michel Barnier, anunciou que chegaria hoje em Londres, para que o diálogo fosse retomado presencialmente neste fim de semana.
Após confirmar formalmente a saída da UE, em 31 de dezembro, o Reino Unido não estará mais sujeito às estruturas e legislação comunitária em 1º de janeiro de 2021.
Um possível acordo bilateral deverá ser concluído antes dessa data e ratificado pelos parlamentos britânico e europeu. Se não houver um pacto, a relação entre o país e o bloco será regida pelas regras tarifárias gerais, menos favoráveis, da Organização Mundial do Comércio (OMC).
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