Democratas falham em tentativa de modificar pacote de estímulos no Congresso
Os congressistas se reuniram às 9h (horário local; 11h em Brasília) desta quinta-feira, véspera de Natal, e tentaram, sem sucesso, aprovar por unanimidade uma mudança no projeto de lei que passou por ambas as câmaras na segunda-feira.
Concretamente, os democratas queriam aumentar de US$ 600 para US$ 2 mil os pagamentos diretos a milhões de pessoas após Trump ter exigido esse aumento na terça-feira, em pedido que destoa da posição do Partido Republicano.
Paradoxalmente, Trump e os democratas concordam em aumentar os pagamentos diretos recebidos pelas pessoas com renda inferior a US$ 75 mil por ano. No entanto, os republicanos do Congresso se opõem ao pedido porque, tradicionalmente, o partido defende a disciplina fiscal e o controle do gasto público.
Os democratas aproveitaram a divisão entre o presidente e os congressistas republicanos para pedirem o aumento dos pagamentos feitos aos americanos.
"Hoje, na manhã da véspera de Natal, os republicanos da Câmara dos Representantes cruelmente deixaram o povo americano sem os US$ 2 mil que o presidente havia apoiado", afirmou em comunicado a presidente da câmara, a democrata Nancy Pelosi.
O pagamento faz parte de um pacote mais amplo de gasto federal, avaliado em US$ 2,3 trilhões, dos quais US$ 1,4 trilhão serão destinados ao financiamento do governo até setembro de 2021.
O Congresso aproveitou a proposta para incluir medidas que nada têm a ver com a economia americana, como ajuda exterior a vários países, assunto sobre o qual o atual mandatário também expressou mal-estar.
Na sequência do pedido de Trump, os republicanos tentaram nesta quinta-feira reduzir a quantidade de ajuda exterior incluída no projeto de lei, mas foram bloqueados pelos democratas. Não está claro quais serão os próximos passos do governante e dos congressistas de ambos os partidos.
Se Trump não sancionar o projeto da lei de gastos antes da noite do dia 28 de dezembro, o governo ficará sem recursos e entrará em paralisação parcial a partir do dia seguinte, o que não ocorre há dois anos. Além disso, se o presidente não ratificar o plano de estímulos, o impacto na vida e na economia dos EUA pode ser enorme.
Este sábado marca o fim do seguro-desemprego para 14 milhões de americanos e, no fim deste mês, expira uma norma que impediu que 30 de pessoas fossem despejadas.
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