OMC convoca integrantes para definir nova direção-geral
O processo de seleção para o substituto do brasileiro Roberto Azevêdo está paralisado desde outubro devido ao bloqueio dos Estados Unidos, que durante o governo de Donald Trump, encerrado no último dia 20, se recusou a endossar a eleição de Okonjo-Iweala, cuja candidatura foi a que gerou mais consenso entre os países.
A outra finalista na corrida - embora muito atrás da candidata africana - foi a Ministra do Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee. Contudo, ela anunciou na semana passada a retirada da candidatura. Embora houvesse apoio maciço à tecnocrata africana, os EUA vinham insistindo no apoio à economista asiática. Outros seis candidatos haviam desistido no início do processo quando ficou claro que não teriam apoio suficiente.
A mudança de governo nos Estados Unidos aumenta as esperanças de que a delegação americana na OMC levante seu veto, apoie Okongo-Iweala e, assim, permita que a organização saia do marasmo em que se encontra devido à falta de liderança.
A entidade era um alvo favorito de Trump, que durante seu mandato iniciou uma guerra comercial com a China e implementou medidas protecionistas que afetaram muitos países, incluindo seus parceiros europeus.
A organização, cujo papel é assegurar o cumprimento das regras internacionais que regem o comércio entre países e autorizar sanções comerciais entre Estados em caso de violação das mesmas, representou um obstáculo às políticas do ex-chefe de governo dos EUA.
Durante os meses sem um diretor-geral, seus negócios diários vêm sendo tratados pelos quatro vice-diretores, que deveriam tratar de assuntos estritamente administrativos até a eleição do novo chefe. Porém, o governo de Joe Biden ainda não anunciou sua posição a respeito.
Okongo-Iweala, que ocupou vários cargos em grandes organizações internacionais e também tem cidadania americana, seria a primeira mulher e a primeira representante da África a dirigir a OMC nos 26 anos de existência da entidade.
A necessidade de eleger um novo diretor foi precipitada pela decisão surpresa de Azevêdo de renunciar um ano antes do final de seu mandato, depois de ter sido tentado a assumir um cargo importante na empresa multinacional PepsiCo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.