Von der Leyen insiste em suspender voos a países com nova variante
Em pronunciamento sem responder perguntas, Von der Leyen destacou também que os contratos da UE com as fabricantes de vacinas exigem que estas adaptem "imediatamente" os seus medicamentos a novas variantes.
"Levamos muito a sério as notícias sobre a nova variante altamente mutante do coronavírus. Sabemos que as mutações podem levar ao surgimento de variantes mais preocupantes do vírus, que podem se espalhar por todo o mundo dentro de meses. É importante que todos nós na Europa atuemos rapidamente, decididos e unidos", disse.
A Comissão propôs nesta manhã a ativação do chamado "freio de emergência" para paralisar as viagens a partir do sul da África e dos países afetados.
"Todas as viagens aéreas para estes países devem ser suspensas até termos uma compreensão clara do perigo que esta nova variante representa, e os viajantes que voltam destas regiões devem respeitar regras rigorosas de quarentena", explicou.
A política alemã frisou que ao longo do dia conversou com cientistas e fabricantes de vacinas que "apoiam plenamente" a adoção de tais "medidas de precaução" para evitar a propagação internacional desta variante "preocupante".
Pediu também para que todos os cidadãos "contribuam para um melhor controle" da pandemia, insistindo àqueles que não foram vacinados a fazê-lo "o mais rapidamente possível" e a aplicar outras medidas, tais como o uso de máscaras, higiene e distância interpessoal.
"As doses de reforço proporcionam ainda mais proteção. É por isso que os europeus devem aproveitar todas as oportunidades para se protegerem com a vacinação", declarou.
A UE disse ter ganhado experiência com estas medidas, assim como com proibições de viagens ou medidas relacionadas às fronteiras, enquanto "tomava precauções", como exigir nos seus contratos de aquisição de vacinas com empresas farmacêuticas que estas se adaptassem às novas variantes.
A Bélgica, que sedia instituições da UE, relatou nesta sexta-feira que um caso da nova variante africana foi detectado no país em 22 de novembro, em uma jovem adulta não vacinada que desenvolveu sintomas 11 dias depois de viajar para o Egito através da Turquia. EFE
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