No Rio, 54 lojas fecham as portas por dia
Em todo o ano de 2014, quando a recessão começava e foi registrado o primeiro resultado negativo da série história iniciada em 2005, foram fechadas 178 lojas. Em 2016 o Estado já perdera quase 12 mil lojas, sendo cerca de 4,7 mil no município. Em 2015 foram fechadas cerca de 8 mil lojas em todo o Estado.
"Essa situação resulta de quatro problemas principais", enumera Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio. "Dois são nacionais: o desemprego e a inflação. Quem não tem emprego não pode gastar, então deixa de comprar. A inflação corrói o poder de compra e faz as pessoas deixarem de adquirir o que consideram supérfluos, além de consumirem marcas mais baratas".
No centro da capital fluminense a onda atingiu até mesmo sucursais de empresas tradicionais, como a C&A, e a Casas Pedro. Ao mesmo tempo, o número de camelôs aumentou.
"Os dois problemas específicos são a falência do Estado e a crise da Petrobrás", continua Gonçalves. "Os servidores recebem com muito atraso, e a crise do setor petrolífero aumentou o desemprego".
Gonçalves cita ainda a violência, que tem se agravado nos últimos meses na cidade. "Ainda que seja menos decisivo, também colabora para o fechamento das lojas".
Ele afirma que o único problema que está mais sob controle é a inflação, que tende a cair. Para os demais, não vê perspectiva de melhora. Por isso, embora as reformas do governo federal, em sua opinião, ajudem, por enquanto a perspectiva de melhora é só para o final do ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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