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PIB do 4º trimestre de 2017 contra 4º tri de 2016 crescerá 2,7%, diz Meirelles

Aline Bronzati, Altamiro Silva Júnior, Francisco Carlos de Assis e Victor Aguiar

São Paulo

23/05/2017 13h20

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no quarto trimestre deste ano será de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, a despeito da crise política que tomou conta do País após as delações da JBS. "A média de crescimento do PIB em 2017 é de 0,5% porque caiu muito em 2016, mas o PIB marginal é bem maior", disse ele, durante evento da Associação Brasileira das Indústrias da Construção Pesada e de Base (Abdib) sobre infraestrutura, na manhã desta terça-feira, 23, na capital paulista.

De acordo com Meirelles, se comparado o último trimestre deste ano ante idêntico intervalo de 2016, o crescimento anualizado do PIB brasileiro será de 3,2%. Sem mencionar o possível impacto da atual crise política envolvendo o governo de Michel Temer no desempenho da economia, ele afirmou que quando o País passa por um período de queda, no ano seguinte sofre um carregamento negativo.

Ele comentou ainda sobre agenda de reformas em andamento no País. Sobre as questões microeconômicas, a despeito da crise política, o ministro da Fazenda disse que há várias medidas em andamento que visam reduzir os spreads, diferença de quanto o banco paga para captar e quanto cobra para emprestar, como a implementação do cadastro positivo, duplicata eletrônica, regulamentação da letra imobiliária garantia (LIG), nova lei de recuperação judicial para empresas, dentre outras.

Meirelles ressaltou ainda que o governo trabalha com alguns mecanismos para que o mercado de capitais ajude a reduzir o 'spread' e aumente o financiamento privado na economia brasileira. "Há ainda medidas para a desburocratização", disse ele citando que o governo quer melhorar posição no ranking de facilidade de negócios do Banco Mundial. Uma das medidas, por exemplo, é facilitar a abertura e fechamento de empresas. Outra é facilitar as operações para o comércio exterior.