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Draghi, do BCE, diz que efeitos inesperados de juros negativos são limitados

Madri

24/05/2017 11h02

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reconheceu hoje que taxas de juros negativas podem ter efeitos colaterais inesperados, mas enfatizou que esses "têm sido limitados até o momento", sugerindo que a instituição não tem planos de elevar a taxa de depósito, atualmente em -0,40%, no curto prazo.

Draghi, que falou durante evento do Banco da Espanha, em Madri, afirmou que a "avaliação atual dos efeitos colaterais" mostra que não há motivo para o BCE desviar da política de agressivos estímulos monetários que tem implementado.

Segundo Draghi, o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), pelo qual o BCE pretende comprar 60 bilhões de euros em bônus mensalmente até pelo menos o fim do ano, pode ter mais efeitos colaterais do que juros negativos.

Em discurso, Draghi também reiterou que a zona do euro vem apresentando uma recuperação econômica cada vez mais sólida, mas que as pressões de inflação subjacente - que exclui preços de energia e de alimentos - permanecem "contidas". Fonte: Dow Jones Newswires.