Confiança empresarial sobe 1,2 ponto em maio ante abril, revela FGV
O ICE agrega os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. O novo indicador passa a ser divulgado a partir desta quarta, com periodicidade mensal.
"A confiança empresarial manteve em maio a tendência de alta observada desde o início do ano. A boa notícia é a redução virtuosa da distância, ainda grande, entre o nível dos indicadores que medem a percepção sobre o presente e os de expectativas. A má notícia é que a maior parte da coleta de dados para o fechamento deste mês já havia sido realizada quando uma nova crise política foi deflagrada no país, em 17 de maio.
O aumento da incerteza provocado por eventos desta natureza tende a impactar negativamente as expectativas", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).
O cálculo do Índice de Confiança Empresarial leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em maio, a maior contribuição para a alta da confiança empresarial foi do Índice de Situação Atual (ISA-E), com alta de 1,1 ponto ante abril, para 80,2 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 0,3 ponto, alcançando 95,0 pontos.
O distanciamento entre a percepção atual dos empresários e as expectativas é visto também nas quatro sondagens que compõem o resultado empresarial. A sondagem com a maior diferença entre expectativas e percepção atual é a da Construção, com 20,9 pontos de distância; seguida por Serviços, com 13,8 pontos; Comércio, 11,9 pontos; e Indústria, 6,7 pontos.
Entre os segmentos, a melhora da confiança empresarial ocorreu na Indústria e nos Serviços. No Comércio, houve queda de 0,5 ponto, após acumular um aumento de 10,2 pontos nos três meses anteriores. Já a Construção permanece com resultado inferior, retratando ainda o clima de recessão, completou a FGV.
Entre os 49 subsetores pesquisados, houve alta da confiança em apenas 22 e queda em 26. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 4.932 empresas dos quatro setores, durante os dias 2 e 25 de maio.
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