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Previsão de déficit primário passa a R$ 142,051 bi, mostra Prisma Fiscal

Eduardo Rodrigues

Brasília

13/06/2017 11h41

Os analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda continuam apostando que o Governo Central não conseguirá cumprir a meta de resultado primário de 2017. De acordo com o Prisma Fiscal de junho, divulgado nesta terça-feira, 13, pela pasta, a mediana das projeções do mercado para o déficit neste ano ainda é de R$ 142,051 bilhões, enquanto a meta de saldo no vermelho em 2017 é de R$ 139 bilhões.

A previsão, no entanto, melhorou em relação a maio, quando a pesquisa apontava para um rombo de R$ 148,036 bilhões neste ano. Para tentar cumprir a meta de 2017, o governo cortou R$ 42,1 bilhões do orçamento em março. Desse montante, R$ 3,1 bilhões já foram descontingenciados no fim mês passado.

Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 127,446 bilhões para o próximo ano, um aumento ante estimativa de R$ 125,124 bilhões feita em maio. Essa projeção continua dentro da meta de saldo negativo para o ano que vem, que foi revisada pela equipe econômica em abril, de R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões.

O Prisma deste mês revisou a previsão do mercado para a arrecadação em 2017 de R$ 1,341 trilhão para R$ 1,345 trilhão. Para 2018, essa projeção passou de R$ 1,442 trilhão para R$ 1,451 trilhão. Já a estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano permaneceu em R$ 1,144 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,228 trilhão para R$ 1,230 trilhão.

Pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central caiu de R$ 1,294 trilhão para R$ 1,290 trilhão. Para 2018, a estimativa passou de R$ 1,358 trilhão para R$ 1,356 trilhão.

Com isso, a mediana das projeções do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2017 passou de 75,44% do PIB para 75,47% do PIB. Para 2018, a estimativa que estava em 78,50% do PIB em maio subiu para 78,60% do PIB no relatório desta terça.

Curto Prazo.

O Prisma também atualizou as projeções fiscais para este e para os próximos dois meses. Para junho, a estimativa de déficit primário passou de R$ 11,669 bilhões para R$ 11,907 bilhões. Para julho, a previsão de saldo negativo passou de R$ 16,725 bilhões para R$ 16,837 bilhões. Para agosto, a projeção de rombo aumentou de R$ 18,817 bilhões para R$ 19,000 bilhões.