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AIE estima demanda de petróleo do Brasil em 3,09 milhões de barris/dia em 2017

Célia Froufe, correspondente

Londres

14/06/2017 08h35

A Agência Internacional de Energia (AIE) previu hoje que a demanda do Brasil por petróleo este ano será de uma média de 3,09 milhões de barris por dia (bpd) ante 3,08 milhões de bpd consumidos no ano passado. Para 2018, a estimativa da entidade é de um crescimento do uso da commodity para 3,14 milhões de barris por dia. As projeções foram apresentadas há pouco pela instituição, por meio de relatório divulgado mensalmente.

Pelos dados apresentados hoje pela AIE, o Brasil consumiu, em média, 3,01 milhões de bpd no primeiro trimestre do ano, quando a produção local foi de 2,75 milhões de bpd. Para o período de abril a junho, a Agência prevê um aumento do consumo para 3,09 milhões de bpd, enquanto a oferta diminuirá para 2,74 milhões de bpd. No caso do terceiro trimestre, a estimativa é de elevação da demanda, para o pico do ano, de 3,16 milhões de bpd, enquanto a produção subirá para 2,84 milhões de bpd.

Nos últimos três meses de 2017, a demanda do Brasil pela commodity cederá para 3,11 milhões de bpd, de acordo com o relatório apresentado hoje, enquanto a oferta continuará a crescer, para 2,87 milhões de barris por dia, mas de forma ainda insuficiente para cobrir todo o uso do produto. Para o ano que vem, a expectativa da AIE é a de que a produção de petróleo brasileiro somará 2,92 milhões de bpd, enquanto a demanda será de 3,07 milhões de bpd.

A entidade não detalha suas previsões trimestrais para a oferta nos trimestres seguintes. No caso da demanda, a perspectiva é de elevação para 3,12 milhões de bpd no segundo trimestre de 2018, um novo aumento para 3,19 milhões de bpd no terceiro trimestre e uma desaceleração para 3,16 milhões nos últimos três meses do ano que vem.

O relatório da Agência trouxe também que contará com uma aceleração da oferta em quase 1,5 milhão de bpd dos países produtores que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no ano que vem. "Como em 2017, o crescimento será impulsionado pela forte produção de petróleo dos Estados Unidos, juntamente com ganhos contínuos do Brasil e do Canadá", salientou a entidade no documento.