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CVM discute considerar crime o insider secundário

Cynthia Decloedt

São Paulo

21/06/2017 18h01

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está discutindo internamente a classificação como crime do insider trading secundário, ou seja, que venha de fontes não primárias, como executivos diretos de uma companhia. "Todos os tipos de insider (uso de informação privilegiada) são ruins e hoje há um tratamento diferenciado, como se o insider primário fosse pior do que o secundário", afirmou o presidente da autarquia, Leonardo Pereira, em conversa com jornalistas durante o 19º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais.

De acordo com ele, o insider secundário já é passível de processos administrativos, mas não criminais, como acontece com o insider primário. Para essa mudança seria necessária alteração na atual legislação que trata do tema. "Acho que o insider é muito danoso para o mercado de capitais, porque mina a informação que é muito relevante. A tecnologia cria a possibilidade do mal uso da informação e é preciso ter cuidado com isso", acrescentou.