Fitch reafirma rating da Venezuela em CCC
Em comunicado distribuído nesta quinta-feira, a Fitch comenta que as notas de crédito da Venezuela refletem a alta dependência de commodities, grandes e crescentes distorções macroeconômicas, a menor transparência nos dados oficiais e a contínua incerteza política. "Espera-se que a economia venezuelana registre uma contração pelo quarto ano consecutivo em 2017, com uma queda de 5,5% após uma profunda baixa de cerca de 18,6% no ano passado", diz a agência, que complementa ao dizer que a contínua queda nos preços do petróleo contribui para a crise do país.
"A recuperação econômica da Venezuela está limitada pela perspectiva de condições de financiamento e de liquidez cambial, além da queda na produção de petróleo e da incerteza política", na visão da Fitch. Para ela, a inflação subiu para uma média estimada de 360% em 2016 e deve terminar neste ano com uma alta de mais de 600%, devido às distorções no mercado de câmbio, ao financiamento monetário das contas fiscais e aos ajustes de preços para contornar a escassez.
Segundo a agência, a transparência dos dados oficiais se deteriorou e, além das informações públicas limitadas sobre a gestão e a execução de fundos paralelos do governo, a publicação dos dados sobre a inflação, o Produto Interno Bruto (PIB) e a balança de pagamentos sofreu atrasos significativos desde o terceiro trimestre de 2013. Na avaliação da Fitch, os desequilíbrios fiscais foram contidos no nível do governo central, devido ao aumento da inflação.
O resultado do constante confronto entre a oposição e o governo, incluindo no âmbito legislativo, não é suscetível de acabar com a incerteza política, na visão da Fitch, devido ao aprofundamento da crise econômica, ao aumento da polarização política e ao aumento da agitação social.
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