CNI: queda do investimento foi fator principal para redução de projeções do PIB
"A recuperação que esperávamos não está sendo sinalizada mais", pontuou Castelo Branco. "Os projetos de infraestrutura ainda não demonstraram força. E ainda não há reação da construção na área imobiliária. Temos que lembrar que o programa Minha Casa, Minha Vida tem sido reduzido em termos de desembolso", avaliou.
No Informe de Conjuntural publicado nesta sexta, a CNI atualizou suas projeções para os principais indicadores da economia brasileira em 2017. A alta prevista para o PIB no ano foi de 0,5% para 0,3%, enquanto o cálculo do PIB da indústria passou de 1,3% para 0,5%. No caso da FBCF - uma medida de investimentos produtivos -, a CNI alterou a projeção de 2017 de alta de 2,0% para recuo de 2,7%.
"O setor habitacional se ressente muito da confiança do consumidor", lembrou Castelo Branco. De acordo com ele, a agenda de recuperação também está mais lenta, "muito dependente da reforma da Previdência". "A questão política mais recente traz um receio quanto ao andamento da reforma", disse.
Para Castelo Branco, a crise política ainda não contaminou a economia de forma expressiva. "Talvez a confiança do empresário industrial tenha deixado de mostrar recuperação, mas a crise ainda não desidratou a recuperação", pontuou. Este risco, porém, existe.
De acordo com Castelo Branco, mais do que a mudança ou não do atual governo, encabeçado por Michel Temer, a preocupação principal é com o andamento das reformas no Congresso - em especial, a da Previdência. "Pelo lado econômico, a economia está pronta para crescer. A questão é o fiscal", disse.
Questionado a respeito do impacto de um adiamento, para 2019, da reforma da Previdência, Castelo Branco afirmou que "uma frustração grande pode, sem dúvida, afetar a visão dos investidores e dificultar o processo de recuperação do investimento".
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