Motorola põe brasileiro na liderança global
Nesta semana, o executivo passou por São Paulo para reuniões com executivos globais da chinesa Lenovo - que é dona da Motorola desde 2014 - e para anunciar a sexta geração da linha de smartphones Moto G. Os smartphones ganharam telas maiores e design similar ao de smartphones premium, com acabamento em vidro.
A nomeação de Buniac para a liderança global da marca não foi por acaso. Engenheiro eletrônico pela Escola Politécnica da USP, o executivo está na Motorola há 21 anos. Nesse período, passou por muitos altos e baixos.
Em 2011, a empresa americana foi vendida para o Google por US$ 12,5 bilhões. Três anos depois foi adquirida novamente, dessa vez pela chinesa Lenovo. "Sou o sétimo presidente da Motorola desde 2012", diz Buniac. "Passar por muitas integrações te dá resiliência, pois é preciso se adaptar."
Na fase pós-Lenovo da Motorola, os resultados na América Latina se destacaram em relação ao resto do mundo. A região se tornou a mais importante para a marca no mundo. Só em 2017, o número de dispositivos vendidos cresceu em 40%; só no Brasil, as vendas foram 22% maiores no mesmo período.
"Nós já nos consolidamos como segundo maior fabricante do mercado brasileiro e vamos voltar a crescer dois dígitos na região este ano", prevê Buniac.
Desafios
Embora o crescimento nas vendas na América Latina impressione, a situação é diferente em outras partes do mundo, onde a Motorola está longe da liderança.
É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos e da Europa, onde os consumidores preferem marcar como Apple e Samsung. "Há uma discrepância entre os mercados", afirma Buniac. "Criar essa consistência é o que vamos fazer nos próximos anos."
Outro problema imediato é o prejuízo. A fabricante americana fechou o quarto trimestre do ano fiscal de 2017, encerrado em janeiro, com perdas de US$ 124 milhões. A empresa havia anunciado publicamente que, no fim de 2017, teria equilibrado receitas e despesas. "As perdas tem se reduzido nos últimos anos e a disciplina vai continuar", afirmou Buniac.
Por último, a Motorola também precisa reduzir a complexidade da linha de produtos.
Na época do Google, a empresa chegou a ter apenas dois modelos à venda - o Moto G e o Moto X; hoje, são 15 variantes de cinco linhas diferentes, o que confunde os consumidores menos atentos ao mercado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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