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Caminhoneiros fazem manifestação sem bloqueio à entrada do porto de Santos (SP)

Nayara Figueiredo

São Paulo

21/05/2018 09h43

Caminhoneiros protestam na manhã desta segunda-feira (21) contra os aumentos nos preços do óleo diesel na área portuária de Santos (SP). No entanto, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informa que a manifestação é pacífica e que não havia, até por volta das 9h, bloqueio à entrada de caminhões que não fazem parte do ato.

O protesto ocorre desde a madrugada, momento em que também não houve interrupção de acesso ao porto. "O único problema que temos está no acesso localizado no município de Guarujá (SP), onde uma carreta foi desatrelada e atrapalha o fluxo da via urbana até a região portuária, mas não sabemos se há relação com o protesto ou não", informou a Codesp.

A adoção de uma manifestação pacífica por parte dos caminhoneiros que trabalham na Baixada Santista atende a um pedido feito ontem pelo presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes. Em nota, o representante da categoria fez uma nova chamada nacional para o ato, porém, ressaltou que os protestos deveriam ocorrer sem interrupção das rodovias.

"Venho a público expressar a nossa preocupação para que estas manifestações ocorram de forma pacífica. Não precisamos fechar estradas, colocar fogo em pneus ou até mesmo pôr em risco o patrimônio de terceiros. Portanto, venho, mais uma vez, reiterar que a Abcam defende uma manifestação onde todos permaneçam em suas casas ou, no caso daqueles que estejam em trânsito, parem em locais seguros e não participem de eventos que coloquem em risco o patrimônio alheio, nem bloqueiem rodovias ou praças de pedágio", declarou Lopes.

O presidente da entidade destacou, ainda, que os caminhoneiros pacíficos não poderiam pagar pelas ações de manifestantes que contrariassem a solicitação da entidade. Ele lembrou que a concessionária CCR Nova Dutra conseguiu liminar favorável à petição de Interdito Proibitório contra qualquer tipo de evento que venha bloquear rodovias nos Estados de SP, RJ e MG, sob pena de multa no valor de R$ 300 mil em caso de descumprimento, principalmente nas praças de pedágios.