Padilha: governo está em reunião permanente, tratando dos temas que preocupam
"Ontem (terça), decidimos chamar os representantes dos movimentos dos caminhoneiros para externar preocupações com a cidadania", disse o ministro. Ele ressaltou que a paralisação pode provocar desabastecimento das famílias, a paralisação do parque industrial e a produção no campo, com a falta de ração para os criadores de frango e gado.
"A reunião desta quarta serviu para "colocar para os representantes dos caminhoneiros a preocupação" do governo com o desabastecimento e ouvir a pauta de reivindicações", disse Padilha. Ele relatou que os representantes pediram dois itens, basicamente: maior previsibilidade no reajuste do diesel e a cobrança de pedágio sobre o eixo suspenso dos caminhões. "Foi uma reunião tensa, como era de se esperar, mas de muito respeito de parte a parte", disse Padilha.
Ele informou ainda que o governo não pretende reonerar a folha do setor de transporte, como compensação à redução da Cide.
"Não podemos admitir que faltem produtos na casa dos brasileiros, inclusive dos caminhoneiros", afirmou o ministro. Ele prometeu avanços "nas próximas horas".
Mais cedo, após reunião com Padilha e outros ministros, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirmou que a responsabilidade pela paralisação e pelo desabastecimento era do governo, uma vez que a categoria já vinha alertando, há um mês, sobre o risco de desabastecimento. Ele disse também que a reunião não era suficiente para suspender a greve.
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