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Para acabar com greve de metalúrgicos, Mercedes-Benz dá aumento real de 1,5%

André Ítalo Rocha

São Paulo

24/05/2018 13h39

O acordo entre a Mercedes-Benz e os trabalhadores da sua fábrica em São Bernardo do Campo, que encerrou greve que durava mais de uma semana, prevê reposição dos salários pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2018 e 2019, além de um aumento real de 1,5% em cada um dos dois anos, segundo comunicados divulgados nesta quinta-feira, 24, pela empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Com o fim da greve, antecipado pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na manhã desta quinta-feira, a Mercedes-Benz desiste de processo contra o sindicato para dissídio coletivo. A ação foi ajuizada na terça-feira, com a justificativa de que as negociações com a categoria não avançavam.

Uma nova negociação foi retomada na quarta à noite, que resultou nessa proposta, aprovada na manhã do dia seguinte em assembleia pelos trabalhadores. Com o acordo, foi cancelada uma audiência de conciliação na Justiça que estava marcada para a sexta às 14h30.

Ainda segundo o acordo, os dias de greve serão compensados pelos trabalhadores. Eles retornaram ao trabalho já nesta quinta.

O acerto também prevê abono de R$ 2,5 mil, tanto em 2018 quanto em 2019, e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) paga em duas parcelas (junho e dezembro). Haverá ainda renovação das cláusulas sociais, e uma correção no valor da PLR para 2019 - reposição pelo INPC integral mais reajuste de 1,5%. O acordo tem validade de dois anos.

A empresa, além disso, abrirá um Programa de Demissão Voluntária (PDV) aos mensalistas e não haverá redução da jornada e do salário, conforme havia sido cogitado pela empresa em proposta rejeitada ainda na mesa de negociação.