Abcam diz haver grupo muito forte de intervencionistas que está fazendo greve
O presidente da entidade disse em entrevista coletiva que o grupo mais resistente que segue bloqueando trechos de rodovias "não é mais de caminhoneiros". "Tem um grupo muito forte de intervencionistas que está fazendo greve. Estão prendendo caminhões e estão tentando derrubar o governo", disse o presidente da entidade que assinou o segundo acordo com o governo na noite do domingo. O presidente da entidade disse que ameaças violentas são feitas para que caminhoneiros mantenham o protesto. "Não mostram arma, mas estão levantando a camisa", disse.
Foram registrados relatos desse tipo de ameaça em pontos como a Vila Carioca, na zona sul de São Paulo, local onde há distribuidoras de combustíveis de várias empresas. O mesmo comportamento foi relatado por motoristas ameaçados nos arredores das montadoras em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. "O governo deve fazer alguma coisa", disse.
Lopes afirmou entender que parte dos caminhoneiros esteja insatisfeita com o governo Michel Temer. "O governo não é bom? Como cidadão, eu posso concordar. Mas como profissional jamais posso misturar as estações", disse. Para Fonseca, esses grupos têm usado os caminhoneiros como "bode expiatório". "Quem quer derrubar o governo, que monte um movimento para isso e não use o nome da Abcam. Não queremos incendiar o País, mas é o que muita gente está querendo", disse o presidente da entidade.
O movimento foi identificado desde o fim da noite de domingo após a assinatura do acordo que reduzirá o preço do combustível em 46 centavos. "Infelizmente, encontramos essa parte que não imaginávamos", disse, ao citar que foram até identificados manifestantes ligados a partidos políticos. "Estou levantando nomes e vou dar na mão do governo", citou, sem dar detalhes.
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