Começa a reunião de Análise de Mercado do Copom
Na quarta-feira, 20, eles têm mais uma rodada de discussões antes de decidir sobre o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 6,50% ao ano.
De um total de 49 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperam pela manutenção da Selic em 6,50% ao ano - o menor patamar desde que a taxa foi criada, em 1996. Algumas instituições, porém, admitem que o cenário está mais incerto diante da valorização persistente do dólar ante o real.
Em 2018 até a segunda-feira, 18, o dólar à vista acumulou alta de 12,83%, com a moeda americana saltando de R$ 3,3155 para R$ 3,7408. Do encontro anterior do Copom, em 16 de maio, para agora, a divisa dos EUA subiu 1,78%.
A elevação do dólar ante o real é justificada em parte pelo cenário externo, onde o processo de alta de juros nos Estados Unidos faz a moeda americana subir ante as demais divisas.
Para piorar, há o mal-estar dos investidores com a corrida eleitoral brasileira, que tem na liderança das pesquisas nomes como os do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE). A visão é a de que Bolsonaro e Ciro colocam em dúvida a continuidade das reformas econômicas a partir de 2019.
Nas últimas semanas, Ilan Goldfajn tem repetido à exaustão que a Selic não será usada para segurar a taxa de câmbio. Além disso, ele tem dito que o BC vai levar em consideração os efeitos secundários da alta do dólar sobre a inflação. Na prática, os dirigentes do BC não vão considerar o avanço em si da moeda americana, mas o quanto ela pode influenciar na remarcação de preços.
A decisão de quarta do Copom também levará em conta os dados mais recentes de inflação e atividade. Em 8 de junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação em maio ficou em 0,40%. No acumulado de 2018, o IPCA registra alta de 1,33% e, nos 12 meses encerrados em maio, elevação de 2,86%.
Já o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgado no dia 15, apontou alta de 0,46% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. No ano até abril, a elevação é de 1,55%. Estes porcentuais, no entanto, ainda não refletem os efeitos da greve dos caminhoneiros sobre a atividade.
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