Economia opera com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, reitera BC
Além disso, o BC avaliou que a paralisação no setor de transporte de cargas no mês de maio "dificulta a leitura da evolução recente da atividade econômica". "Dados referentes ao mês de abril sugerem atividade mais consistente que nos meses anteriores. Entretanto, indicadores referentes a maio e, possivelmente, junho deverão refletir os efeitos da referida paralisação", disse a instituição, ao tratar da atividade econômica para os próximos meses.
De acordo com o BC, seu cenário básico contempla a continuidade do processo de recuperação da economia brasileira, "em ritmo mais gradual".
Ao avaliar os efeitos da greve dos caminhoneiros sobre os índices de preços, o BC afirmou que, no curto prazo, "a inflação deverá refletir os efeitos altistas significativos e temporários da paralisação no setor de transporte de cargas e de outros ajustes de preços relativos".
Ao mesmo tempo, a instituição pontuou que as medidas de inflação subjacente seguem em níveis baixos, inclusive na área de serviços.
Greve
Logo após mencionar os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, os diretores do Banco Central reconhecem que passou a ser mais difícil avaliar a evolução da economia brasileira.
No parágrafo 21 da ata divulgada pelo Copom, o texto cita que, ao discutir "possíveis efeitos mais perenes dos choques enfrentados pela economia", os diretores da instituição "concordaram que, no curto prazo, deverá ser mais difícil verificar se a evolução da economia segue em linha com seu cenário básico para o médio e longo prazos".
O cenário, menciona a ata, "reforça a importância de acompanhar ao longo do tempo a evolução do cenário básico e seus riscos e de avaliar a perenidade dos efeitos dos choques sobre a inflação".
O documento dá como exemplo os efeitos secundários de eventuais pressões sobre os preços. Para o BC, o acompanhamento permitirá "garantir que a conquista da inflação baixa perdure, mesmo diante de choques adversos".
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