Indicador de incerteza (IIE-Br) sobe 10,1 pontos em junho ante maio, afirma FGV
"O choque provocado pela greve dos caminhoneiros gerou pressão inflacionária, aumento da volatilidade no mercado de ações, queda do presidente da até então maior empresa em valor de mercado do País, e, por fim, colocou em cheque a recuperação da economia. No campo político, o evento expôs as dificuldades do governo em sanar a crise, com reflexos para a já combalida agenda fiscal (subsídio ao diesel). No front externo, a dúvida sobre a política de juros estadunidense também colaborou para o aumento significativo da incerteza econômica brasileira em junho", avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br passou a integrar o calendário de divulgações de indicadores econômicos do Ibre/FGV no fim de 2016. O índice mensal é composto por três componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA; e o IIE-Br Mercado, baseado na volatilidade do mercado financeiro.
Em junho, a alta do IIE-Br foi disseminada entre os três componentes, com destaque para as expectativas. O componente de Mercado subiu 10,3 pontos, contribuindo com 1,2 ponto para o avanço do índice geral no mês; o IIE-Br Expectativa aumentou 21,5 pontos, exercendo uma contribuição de 5,4 pontos para o índice agregado; já o IIE-Br Mídia subiu 4,0 pontos em relação a maio, uma influência de 3,5 pontos no indicador.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada entre os dias 26 do mês anterior e 25 do mês de referência.
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