Com greve, faturamento da indústria caiu 16,7% em maio, revela CNI
O economista da CNI Marcelo Azevedo avalia que a paralisação dos serviços de transporte no final de maio agravou as dificuldades que a indústria encontra para se recuperar da crise. "Os resultados do primeiro trimestre ficaram aquém do esperado, pois a indústria enfrenta problemas com a baixa demanda, a alta ociosidade, dificuldades de financiamento e incertezas econômicas que prejudicam a atividade industrial", afirma Azevedo em nota divulgada pela CNI.
Na comparação com o mesmo mês de 2017, o recuo do faturamento é de 13,8%. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, ainda há um aumento de 3,1% frente a igual período do ano passado.
A pesquisa revela que todos os indicadores registraram queda em maio. A utilização da capacidade instalada (UCI) caiu para 75,9%, ante 78,1% registrados em abril. A UCI de maio é o menor porcentual desde 2003, quando começou a série histórica dos Indicadores Industriais.
O dado mostra que o setor operou com uma ociosidade de 24,1% no mês passado. "A queda certamente foi influenciada pela interrupção dos serviços de transporte ocorrido no final de maio, com consequente desabastecimento de insumos para a produção", reforça a CNI.
Os indicadores mostram que as horas trabalhadas na produção recuaram 2,4% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. Os indicadores de mercado de trabalho também pioraram.
O emprego caiu 0,6% em maio, o que foi a primeira queda após sete meses de moderado crescimento, revertendo toda a expansão registrada neste ano. A massa real de salários também caiu 1,7% e o rendimento médio real do trabalhador da indústria recuou 1,4% em maio frente a abril, na série com ajuste sazonal.
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