Queda do varejo seria mais forte desconsiderando alimentos, diz Modal
As vendas do varejo restrito em maio poderiam ter uma queda ainda mais intensa se não fosse o bom desempenho dos supermercados. Cálculos do economista Daniel Gomes da Silva, do Modal Asset Management, mostram que as vendas do comércio teriam cedido 1,7%, quando descontada a parte de alimentos. Ou seja, uma diferença de 1,1 ponto porcentual em relação ao recuo de 0,6% informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, as vendas de super e hipermercados tiveram alta de 0,6% em relação a abril.
"Vamos ver se isso foi apenas uma antecipação do consumo, se joga no sentido contrário se as vendas continuarão fracas, ou se haverá normalização em junho", afirma, ao referir-se ao fato de que no início da greve dos caminhoneiros muitos consumidores correram para os supermercados a fim de garantir o abastecimento de itens de primeira necessidade.
Além da possibilidade de mais impacto da paralisação sobre as vendas em junho, Silva acrescenta que o comércio pode sofrer o efeito Copa. "É um evento importante para postergar vendas", diz.
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