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BoJ mantém taxa de depósito em -0,1% e meta de retorno do bônus em torno de 0%

Thaís Barcellos, com informações de Dow Jones Newswires

São Paulo, 31

31/07/2018 02h23

O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve, nesta terça-feira, 31, a taxa de depósito de curto prazo em -0,1% e deixou inalterada a meta para os juros dos bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos em torno de zero, por 7 votos a 2. "Enquanto isso, os yields (retornos) podem se mover para cima ou para baixo em certa medida, dependendo, principalmente, do desenvolvimento da atividade econômica e dos preços." O BoJ ainda manteve o ritmo de compra de ativos em 80 trilhões de ienes por ano.

O banco central japonês, contudo, passou a adotar a prática de "orientação futura" para a política monetária nos comunicados. Neste documento, o BoJ afirmou que pretende "manter o atual nível extremamente baixo das taxas de juros de curto e longo prazo por um período extenso de tempo".

A decisão de política monetária desta terça-feira era bastante esperada pelo mercado por causa de especulações sobre mudanças na postura bastante estimulativa do BoJ e atrasou mais de uma hora para ser divulgada.

A autoridade monetária ainda aumentou de 2,7 trilhões para 4,2 trilhões de ienes a compra anual de ETFs ligados ao índice Topix, que é formado, principalmente, de instituições financeiras. Mas a compra total de ETFs ficou inalterada em 6 trilhões de ienes.

Economia

No comunicado, o banco central do Japão manteve suas considerações para economia, que, segundo o colegiado, está se expandindo moderadamente, enquanto os preços continuam a mostrar fraco desenvolvimento na comparação com o desempenho econômico e as condições de emprego.

A meta de inflação foi mantida em 2%, mas o BoJ alterou projeções para a média de preços. Para o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), a estimativa caiu de 1,3% para 1,1% neste ano, para 1,5%, de 1,8% em 2019, e cedeu de 1,8% para 1,6% em 2020. A perspectiva para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 também foi ligeiramente reduzida, de 1,6% para 1,5%, mas a foi mantida em expansão de 0,8% em 2019 e 2020.