Com acordo entre Caixa e prefeitura, concessionária volta a gerir Porto Maravilha
Como antecipou o Estadão/Broadcast na terça-feira, a Caixa venderá ativos do fundo imobiliário criado para bancar o projeto, gerando recursos para fazer o sétimo pagamento anual da PPP, atrasado desde junho.
O fundo repassará R$ 147 milhões à PPP, para serem repassados à concessionária, valor inferior aos R$ 429 milhões devidos, conforme o contrato. A solução inclui a venda da participação do fundo imobiliário em um dos edifícios comerciais da região, levantando R$ 50 milhões. Mais ativos, entre terrenos ou empreendimentos, também poderão ser vendidos.
O resultado, segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Bradcast, será o atraso nas obras. Pelo contrato, todas as obras deveriam estar prontas até 2020. Após investimentos de R$ 6,2 bilhões, 87% das obras foram executadas. Ainda falta investir R$ 4 bilhões, especialmente em reurbanização e remuneração do consórcio Porto Novo.
"Temos embates, mas nunca deixamos de estar no mesmo lado, porque queremos um Rio de Janeiro forte", afirmou o presidente da Caixa, Nelson Souza, na cerimônia de assinatura do memorando de entendimentos que garantiu o repasse da parcela de 2018 do fundo imobiliário para a PPP.
Também participaram do evento o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o ministro das Cidades, Alexandre Baldy. Crivella defendeu entendimento com as autoridades federais responsáveis pela administração do Porto do Rio para liberar os antigos armazéns, ociosos hoje, para instalar um parque na orla da Baía de Guanabara.
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