Intenção de consumo das famílias aumenta 0,6% em agosto ante julho
Quatro dos sete componentes da pesquisa tiveram crescimento na passagem de julho para agosto, com destaque para o nível de consumo atual (+3,4%) e a perspectiva de consumo (+1,8%).
"Esse movimento sugere que o susto das famílias com a greve dos caminhoneiros vai ficando para trás, na medida em que os choques de preços observados logo após a paralisação (dos caminhoneiros) não se replicaram nas semanas seguintes", avaliou o economista Antonio Everton, da CNC, em nota oficial.
A redução nos preços após a crise de abastecimento, provocada pela greve de caminhoneiros ao longo de 11 dias em maio, fez avançar também a avaliação dos consumidores sobre a renda atual (+0,3%, para 99,3 pontos). No entanto, mais da metade das famílias (51,5%) declarou estar consumindo menos atualmente do que há um ano (59,3%).
A pesquisa mostrou que o mercado de trabalho ainda é preocupação para os brasileiros. Os componentes que medem a percepção sobre o emprego atual (-0,4%, para 112,4 pontos) e a perspectiva profissional (-0,8%, para 100,2 pontos) ficaram negativos em relação a julho, apesar de se manterem ainda na zona favorável, acima de 100 pontos.
"Isso indica o maior receio das famílias diante da incapacidade da economia de voltar a crescer e gerar postos de trabalho de forma mais consistente", completou Everton.
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