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Ao sair da UE, Reino Unido não fará mais parte do mercado comum, diz Juncker

Gabriel Bueno da Costa

São Paulo

12/09/2018 04h51

Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker reafirmou nesta quarta-feira que o Reino Unido não poderá mais fazer parte do mercado comum da União Europeia, já que decidiu sair do bloco. Ao mesmo tempo, Juncker defendeu um acordo com o governo da premiê Theresa May sobre os termos do chamado Brexit, dizendo que as autoridades europeias devem isso aos cidadãos e às empresas do bloco, e garantiu que o país será sempre um vizinho próximo.

Juncker realizou hoje seu discurso sobre o Estado da União, no Parlamento Europeu. Em sua fala, ele enfatizou o fato de que a UE é e deve continuar a ser um ator global, que ajuda por exemplo a lidar com crises como a da Síria. "Uma Europa forte pode proteger os cidadãos de dentro e fora do bloco do terrorismo e dos problemas ambientais", argumentou. Segundo ele, o bloco não deve se dividir, já que a união garante sua força, devendo ainda caminhar para aprofundar as relações, com uma união econômica e monetária mais profunda.

A autoridade também disse que a UE deve atuar para promover o maior uso internacional do euro. Ele comentou que a UE paga contas do setor de energia em dólares, porém apenas uma pequena parcela desse custo, de 2%, vem dos EUA. "O papel global do euro precisa ser fortalecido", defendeu.